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Terapêutica

    Até ao momento, não existe tratamento específico para a Hepatite C. No entanto, o interferão tem-se mostrado um medicamento muito útil no tratamento desta infeção.
    Para tratar todos os indivíduos infetados é fundamental destruir os vírus circulantes com uma terapia antiviral. A monoterapia com interferão e o tratamento padrão combinado com interferão-alfa e ribavirina já não são relevantes. Atualmente, as formas de interferão padrão foram substituídas pelos interferões peguilados. O interferão peguilado é um alfa interferão, quimicamente modificado pela adição de uma grande molécula de polietileno glicol (peg), o que permitiu ultrapassar a grande limitação do interferão padrão pois este tinha uma semi-vida de apenas oito horas. Deste modo, o interferão peguilado pode ser administrado apenas uma vez por semana.
    A associação dos interferões peguilados à ribavirina foi outro grande avanço terapêutico que permitiu aumentar a taxa de resposta virológica sustentada, global, de 40 para 50 a 55%. Esta associação é considerada, atualmente, a terapêutica de eleição. Durante o tratamento os doentes apresentam normalização dos níveis de ALT e diminuição do grau de lesão hepática.
    As contra-indicações ao uso do interferão e ribavirina podem ser absolutas ou relativas, não havendo consenso entre os autores. Na tabela que se segue apresenta-se as contra-indicações absolutas e relativas ao uso do interferão e ribavirina no tratamento do VHC:

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    São múltiplos e frequentes os efeitos secundários associados à terapêutica com interferão e ribavirina, o que obriga a uma adequada vigilância clínica e laboratorial. Os efeitos secundários associados ao interferão são mais frequentes nas primeiras semanas de tratamento. A maioria, embora diminua significativamente a qualidade de vida, não impede a continuação do tratamento. Na tabela seguinte são referenciados os efeitos secundários ao uso do inteferão e ribavirina (1):

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    Apesar de todo o avanço tecnológico, é importante referir, que devido a todos estes efeitos secundários, os pacientes só se podem submeter a este tratamento após serem devidamente informados e assinarem o Termo de Consentimento Informado. (4)

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